QUEM É VOCÊ NO METAVERSO?

Não é de hoje que nos imaginamos vivendo em mundos paralelos

10/24/20233 min read

Uma luz me chama atenção. É a Sophia Loren se olhando no espelho. Ela sorri, e se pergunta: “Você está satisfeita?”. Sua imagem refletida responde: “Não”. E você? Também não. Estamos sempre em busca de outras realidades. Na esperança de encontrar algo que nos falta e que para sempre faltará. Insatisfação crônica mesmo. Há um tema que abre um leque de infinitas possibilidades. No dia 28 de outubro de 2021 o termo “metaverso” ganhou o mundo depois de um pronunciamento do dono do Facebook, Mark Zuckerberg. A palavra virou um hit. “Metaverso é uma extensão virtual do mundo.” Mas o termo é mais antigo que isso. De acordo com o dicionário Oxford, metaverso é todo espaço de realidade virtual no qual os usuários conseguem interagir entre si e com o ambiente gerado por computador. O uso da palavra metaverso para descrevê-lo vem do ano de 1992: a internet ainda nem era tão popular, mas no livro Snow Crash o autor, Neal Stephenson, conta a história de Hiro, protagonista que é um hacker e que trabalha para uma organização mafiosa como entregador de pizza, mas, no metaverso, é um príncipe samurai. Quando surge um novo e misterioso vírus chamado Snow Crash, que ameaça tanto o mundo físico quanto o cibernético, Hiro parte em uma jornada virtual para encontrá-lo e destruí-lo.

“Estamos sempre em busca de outras realidades, na esperança de encontrar algo que nos falta”

Da ficção despretensiosa dos anos 1990 até os investimentos bilionários da big tech dos anos 2020, muita coisa aconteceu.

Algumas das experiências mais democráticas vieram dos videogames que concentram centenas de milhões de usuários interagindo no espaço virtual, tentando simular um universo de amplificação da experiência humana. Mas se você não sabia do alcance de um conceito que parece tão novo saiba que, apenas no Brasil, cerca de 5 milhões de pessoas estão presentes em realidades paralelas. Essas realidades oferecem oportunidades de conexão e entretenimento, permitindo que os usuários explorem mundos criados digitalmente e interajam com outras pessoas ao redor do país ou até mesmo do mundo. É uma forma fascinante de escapismo e socialização, onde a fronteira entre o real e o virtual se torna cada vez mais tênue. Através dos videogames, encontramos uma maneira de nos conectar e experimentar novas realidades sem sair de casa.

A criança que olha para o brinquedo novo, lhe dá um nome e convive com esse novo amiguinho de certa forma também está construindo realidades paralelas. Num pensamento mais ousado, pode-se imaginar que compartilhar os mais antigos contos de fadas, geração após geração, tenha sido uma forma primitiva do metaverso. A ficção que existe desde a mitologia, criada pelo ser humano para lidar com perguntas sem respostas — como de onde viemos e para onde vamos, ou o que estamos fazendo aqui —, pavimentou a realidade que hoje vivemos.

O metaverso é uma realidade virtual que desperta em nós um desejo intenso de integrá-la ao mundo real. Através de jogos, já tive a oportunidade de explorar as ruas desse universo paralelo, experimentando a sensação de habitar um corpo diferente e realizar tarefas extremamente realistas.

O metaverso é uma aventura que transcende os limites do tempo, presente, passado e futuro. Nele, somos desafiados a descobrir quem realmente somos.

Quem você é no metaverso?

Essa é uma pergunta que nos convida a explorar nossa identidade e nos conectarmos com uma realidade virtual empolgante e repleta de possibilidades. Seja qual for a resposta, o metaverso oferece a oportunidade de vivenciar experiências únicas e mergulhar em um mundo alternativo fascinante.